A Produção de Energia na Amazônia “A margem equatorial (petróleo e gás) e outras fontes renováveis”
Margem Equatorial Brasileira, que se inicia no Amapá, atravessa o Estado do Pará e se estende até o Rio Grande do Norte, possui grande potencial para indústria petroquímica. Recentemente, foram feitas importantes descobertas de petróleo e gás nas Guianas e no Suriname.
O estoque dos poços já descobertos é monumental, além de tratar-se de petróleo leve, o mais valioso.
A exploração dessas commodities em larga escala pode modificar profundamente a economia da Amazônia, gerando um ciclo de prosperidade sem precedentes para a nossa população.
Entretanto, os povos do norte estão acostumados com esse tipo de promessa que, muitas vezes, geram grande impacto e, não obstante, deixam muito pouco para a região.
Fugindo de percepções preconcebidas, o certo é que o tema precisa ser debatido dentro da Amazônia. Nossa população e nossas instituições têm que conhecer os dados e, a partir daí, se manifestar. Nossa opinião deve ser levada em consideração na hora de decidir pela exploração ou não dessas riquezas.
Por essa razão, a Associação do Ministério Público do Estado do Pará idealizou um ciclo de debates para tratar do tema da produção de energia na Amazônia, o que envolve a questão da margem equatorial.
Ouviremos especialistas do setor petroquímico e representantes do IBAMA para debater sobre a segurança e o potencial desse tipo de atividade econômica.
Ouviremos economistas que poderão relatar os impactos positivos e negativos da exploração do pre-sal para as cidades fluminenses.
Mas também falaremos. Haverá um espaço para que representantes do MP possam apresentar suas experiências na atuação junto a grandes projetos na Amazônia.
E a população Amazônida também falará. Movimentos sociais afetados por grandes projetos terão voz e vez no evento.
Não seremos invisíveis nesse processo. Queremos e iremos participar do debate.
O futuro da Amazônia passa pelas escolhas racionais e informadas feitas por seu povo, e o presente evento busca, precisamente, contribuir com o debate e com a premente necessidade de participarmos das decisões que nos afetam.